Equilibrar o trabalho com a vida pessoal é um dos grandes desafios da atualidade, mas como conciliar tantos afazeres com uma vida saudável e tempo para a família? E conciliar tudo isso com uma alta performance no trabalho? Os colaboradores precisam saber como responder a essas perguntas.
Por meio de tecnologias que foram evoluindo ao longo dos anos, rompemos obstáculos como a distância. Mas a promessa de que teríamos mais tempo à medida que conseguíssemos ferramentas mais ágeis não se concretizou ainda. Ao contrário disso, estamos cada vez mais com a sensação de que o tempo está se esgotando mais rápido, o que concede a ele um valor imensurável.
Além do tempo, temos a produtividade; e, comparando o Brasil com outros países no critério produtividade, os dados são preocupantes. O país está no ranking de empresas mais improdutivas do mundo. A culpa não é somente do tempo que passamos em reuniões. Procrastinação, burocracia, hierarquia e uso incorreto das redes sociais são alguns dos fatores que contribuem para figurarmos em uma posição tão ruim.
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Estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas e encomendado pelo jornal O Globo mostra que um empregado brasileiro gera, em média, US$ 16,80 (aproximadamente R$ 54,00) por hora trabalhada, o que o coloca na 50ª posição em uma lista que inclui 68 países. De acordo com a consultora Vânia Ferrari, esse é um problema que acontece no mundo todo. Tanto é verdade que, a Alemanha, país modelo em produtividade, figura em 5º lugar no ranking. Lá, os empregados são quase quatro vezes mais produtivos do que os brasileiros - produzem US$ 64,40 por hora e trabalham, em média, 340 horas menos por ano do que o trabalhador no Brasil.
A conclusão está clara: a produtividade não tem relação com mais tempo de jornada de trabalho. Inclusive, neste aspecto, Vânia é enfática quando diz que aumentar as jornadas só compromete o resultado e espanta os talentos da empresa.
“Um líder inteligente sabe que colaboradores eficientes são aqueles que equilibram vida pessoal com a vida profissional. Não adianta esfolar o funcionário achando que ele será produtivo. Isso é uma falácia, além de comprometer a inovação, o engajamento e a qualidade do trabalho. Hora extra é uma bomba-relógio. O que é preciso mesmo é saber escolher quais projetos e atividades vão trazer o resultado que a empresa busca. E ter coragem para jogar o resto fora, o que significa não fazer tarefas burras e burocráticas”, completa a consultora.