À medida que a exposição a telas e dispositivos eletrônicos aumenta na sociedade, surgem novos problemas associados a esse novo hábito. O burnout digital já é uma realidade e tem gerado reflexões no mundo corporativo e fora dele. Acompanhe este artigo para entender mais sobre o assunto.
Leia mais: Burnout como doença do trabalho: o que muda para a sua empresa?
O que é burnout digital
O burnout, por definição, é o esgotamento ocasionado por excesso, em especial, o de trabalho. O burnout digital, por sua vez, está relacionado com o esgotamento por exposição excessiva a telas e dispositivos eletrônicos. Segundo relatório da We Are Social com a Meltwater, os(as) brasileiros(as) passam nove horas e meia de seus dias em frente a telas, o que está acima da média global de quase sete horas.
Os motivos de tanto tempo olhando celulares, computadores e afins são variados, mas o trabalho está no topo. Com a consolidação do teletrabalho ou modelos híbridos, boa parte dos(as) profissionais se viu necessariamente em frente às telas para dar continuidade às atividades laborais remotamente.
Leia mais: Sobrecarga de trabalho: saiba identificá-la para evitar a exaustão da equipe
O que leva ao burnout digital e quais as suas consequências
Como essa necessidade de fazer tudo pelo computador ou celular não foi transitória, tudo ficou repentinamente concentrado no meio digital. Com trabalho, lazer e socialização por telas, fica difícil não sentir sobrecarga e cansaço. O uso intenso de aplicativos para resolver questões simultaneamente também tem sua parcela de contribuição.
Esse excesso de atividades em telas tem consequências tanto físicas quanto psicológicas para as pessoas. A lista inclui dificuldades de concentração e de automotivação, irritabilidade, insônia e percepção de aumento da sobrecarga mental.
Esses fatores afetam diretamente a produtividade e a satisfação dos(as) profissionais, fazendo com que as empresas voltem sua atenção para o fenômeno.
Leia mais: Saúde ocupacional: o que o RH tem a ver com isso?
Como sua empresa pode evitar o burnout digital
Já que o burnout digital afeta diretamente a qualidade do trabalho e a motivação das pessoas, é essencial incentivar a desconexão. Para isso, companhias podem investir em espaços de descompressão, como salas com sofás, jogos, massagem, aromas e cantinho do café. Também vale reduzir a quantidade de reuniões virtuais, permitir que as câmeras fiquem desligadas em certas ocasiões e estimular momentos de pausa ativa.
Leia mais: Trabalho e qualidade de vida: como um impacta no outro?
Outra alternativa é elaborar guias com orientações quanto aos horários de reuniões, bloqueio de agenda, distanciamento das telas e uso adequado de canais de comunicação, o que ajuda a criar uma estratégia corporativa mais humanizada. Dessa forma, os dois lados ganham: as empresas com funcionários(as) mais saudáveis e produtivos(as) e as pessoas com melhor qualidade de vida e bem-estar digital.
Quais as chances de alguém da sua equipe sofrer com burnout digital? Compartilhe este artigo com os(as) colegas para refletirem juntos!