Existe uma tendência dos profissionais a passarem cada vez menos tempo em uma mesma empresa ou posição. Se antes as pessoas construíam carreiras de mais de dez anos em uma mesma companhia, hoje a realidade é diferente.
O que é o job hopping?
Em tradução livre, job hopping significa “pular de emprego”. A partir dessa definição, entende-se que é um movimento em que as pessoas praticam a troca frequente de empregos ou postos. Ou seja, os(as) profissionais passam menos tempo desempenhando o mesmo papel ou dentro de uma mesma empresa, “pulando de um lugar para o outro”.
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O que leva à adesão ao job hopping?
Acontece que o job hopping é apenas um reflexo de características geracionais, sociais e da transformação das relações de trabalho. Segundo levantamento do Ministério do Trabalho e da Previdência, profissionais entre 18 e 24 anos tendem a passar cada vez menos tempo no mesmo posto, sendo que 24,4% deles não ficaram nem três meses em um mesmo emprego.
Isso mostra que a chamada Geração Z traz consigo um dinamismo em tudo o que faz, incluindo o trabalho. Essa geração busca por flexibilidade de horários, prevalência do trabalho remoto, o que foi intensificado com a pandemia, e diversificação profissional. Por isso, a construção de carreira em uma única empresa se torna incompatível com objetivos tanto de vida quanto profissional para essas pessoas.
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Também devem ser levadas em consideração estruturas e ambientes mais flexíveis de trabalho e condições econômicas, dado que a procura por qualidade de vida e a preocupação com a saúde mental têm ganhado cada vez mais espaço nos debates laborais.
Quais as vantagens e desvantagens de contratar um job hopper?
O que é vantagem ou desvantagem vai depender muito do perfil da empresa e dos(as) gestores(as). Isso porque os job hoppers possuem um perfil bastante dinâmico, com fome de aprendizado, alta produtividade, adaptabilidade elevada e experiência acumulada.
Por outro lado, esses profissionais podem ser vistos como instáveis, pouco focados, descompromissados e impacientes, além de não desenvolverem senso de pertencimento em relação à empresa e causarem insegurança para projetos futuros ou a longo prazo.
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Isso impacta diretamente no turnover e nos custos que isso representa para a companhia, causando hesitação por parte do RH na hora de avaliar e contratar alguém com o perfil job hopper.
Assim, cabe à área de Recursos Humanos ter a visão estratégica adequada para definir quando a contratação desse perfil será ou não vantajosa e agregará qualidades ao time, isso sem contar a adaptação do ambiente de trabalho, para tornar a empresa atrativa e reter esses talentos por mais tempo.
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